Os sabonetes hidratantes são essenciais para combater a pele seca e a coceira, assim como as loções e cremes com essa mesma função.
A pele seca é comum nos idosos, nos portadores de alergia, como asma, rinite, dermatite atópica e nos portadores do HIV.
Também acontece em pessoas que vivem nos países de clima frio e que são obrigadas a usar aquecedor no inverno, tornando o ambiente com baixa umidade e, consequentemente, gerando ressecamento da pele.
Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre os sabonetes hidratantes e sua relação com a pele seca e coceira!
Pele seca e coceira
O excesso de banho pode induzir ou agravar o estado de pele seca,
principalmente com a água quente. De modo a minimizar isso, a temperatura do banho deve ser ligeiramente elevada (quebrada a frieza) e também deve ser evitada a fricção excessiva da pele, especialmente com esponja. As pessoas que tenham pele excessivamente seca, recomenda-se o banho de imersão contendo substâncias especiais durante 20 minutos.
A ruptura das células da pele, os corneócitos, é gerada pela umidade do ar abaixo de 15% e pela remoção da gordura natural, gerada pelo uso de sabões e detergentes.
Isso provoca a consequente eliminação de substâncias indutoras de inflamação da pele, levando a eczema e coceira.
A elevação da umidade ambiental para 60%, durante o inverno, através de aparelhos de aquecimento, pode ser benéfica para amenizar a sensação de pele seca.
Sabonetes hidratantes e cremes para pele seca e coceira
Os sabonetes comuns têm PH alcalino, entre 10 e 11, o que pode alterar a flora bacteriana da pele e aumentar o pH da camada córnea, a mais superficial da pele e a mais importante na função de barreira contra a penetração de microrganismos e a perda de água, que acontece de forma invisível.
A consequência do uso desses sabonetes é o dano à barreira natural de proteção da pele em relação à umidade, agravando o ressecamento da pele e, consequentemente, gerando a coceira.
Os sabonetes hidratantes especiais, conhecidos como detergentes sintéticos ou syndets, têm pH ácido (pH baixo), preservando o pH normal da pele, que é de 5,5. O ideal é ele ser o menos perfumado possível.
Eles apresentam como componente o ácido esteárico que atua como um ingrediente protetor e hidratante.
Essa aproximação de pH ácido da pele gera a capacidade de eles serem menos irritantes do que os sabonetes tradicionais e poderem fortalecer a função de barreira da pele. São vendidos na apresentação em barra e em líquido.
A enzima protease serina da pele, que participa da indução da coceira (prurido), é inibida por esses sabonetes hidratantes de baixo pH.
A importância dos sabonetes hidratantes e aplicação de loções e cremes
A quantidade de gordura na pele varia de acordo com a região do corpo. Assim, o teor de lipídio no hidratante deve ser maior nos membros inferiores (a perna é a região mais seca do corpo), nas palmas e plantas, regiões mais pobres nesse componente, através do veículo em creme.
A face e o abdômen, por serem regiões mais oleosas, exigem veículo em loção, mais rico em água.
A ictiose representa uma acentuação do ressecamento da pele onde se evidencia descamação, exigindo cremes hidratantes mais eficientes.
Além do uso de sabonetes hidratantes, é muito importante a aplicação regular de cremes que tenham a propriedade de restaurar a quantidade de água e gorduras perdidas pela pele.
O hidratante ideal simula os lipídeos (gorduras) da epiderme (camada mais superficial da pele) e deve conter substâncias oclusivas, umectantes e emolientes.
A perda de água é recuperada através de umectantes, ou seja, substâncias solúveis, capazes de atrair grandes quantidades de moléculas de água da derme (camada abaixo da epiderme) para a mais externa da epiderme e do meio ambiente, se este estiver com a umidade local alta.
Essa captação será maior ainda se a pele estiver com água (úmida, após o banho). Os principais umectantes são:
Glicerol
Lactato de amônio
Ureia
Acetato de sódio
Propilenoglicol
Porém, os portadores de dermatite atópica devem evitar os cremes hidratantes contendo ureia e lactato de amônio.
Os umectantes são mais efetivos se estiverem associados, na mesma formulação, com substâncias que tenham a propriedade oclusiva de inibição da evaporação da água, formando um filme hidrofóbico na superfície da pele, como:
Vaselina
Dimeticone (o mais utilizado recentemente),
Óleo mineral
Silicone
Cera de abelha
A reposição de gordura é realizada através da aplicação de cremes contendo ceramida.
Medicamentos contendo a combinação desses componentes são essenciais para o combate ao ressecamento da pele.
Aplicação dos sabonetes hidratantes e cremes
Os sabonetes hidratantes devem ser utilizados diariamente no banho em pessoas que sofrem de pele seca e de coceira.
Banho em excesso provoca ressecamento da pele nos indivíduos que têm tendência a desenvolver eczema (dermatite), especialmente o atópico, porém se tomado apenas uma vez ao dia ajuda na higienização e umidificação da pele.
Além disso, os cremes e loções devem ser aplicados imediatamente após o banho, antes de 3 minutos, não secando a pele completamente.
Os hidratantes com sensação mais oleosa, como os oclusivos, apesar de serem mais efetivos, não geram muita adesão dos pacientes por terem consistência desagradável, pegajosa, em contato com a pele. Essas preparações devem ser reservadas para o uso durante o sono.
Em resumo, a hidratação da pele é fundamental para a restauração e a manutenção da barreira cutânea, controle da coceira (prurido) e prevenção de infecções da pele.
Agora que você já sabe mais sobre os sabonetes hidratantes e cremes para pele seca e coceira, continue a leitura e saiba mais sobre a Vitamina D.
A pitiríase alba é uma doença comum com predominância nas crianças e adolescentes.
Ela é caracterizada por escamas finas e por manchas mais claras do que a pele normal; por isso, tem esse nome: o termo pitiríase significa escamas e as manchas brancas foram caracterizadas com a palavra alba.
Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre a pitiríase alba!
Incidência da pitiríase alba
A pitiríase alba é mais comum entre 3 a 16 anos e 90% ocorrem em menores de 12 anos.
Embora seja mais frequente em portadores de atopia, doença manifestada por asma, rinite e dermatite atópica, pode também ocorrer em pacientes não atópicos.
Não há predomínio de cor da pele, embora seja mais perceptível nas pessoas de pele escura.
Torna-se mais evidente no verão, já que o sol escurece a pele normal ao redor da pitiríase alba, porém não a mancha branca.
Qual é a causa da pitiríase alba?
Representa uma fase inicial da dermatite atópica.
Os melanócitos, células responsáveis pela produção do pigmento melanina, estão funcionando menos ativamente, por alterações degenerativas neles.
Manifestações clínicas da pitiríase alba
Embora inicialmente se manifeste por manchas eritematosas (avermelhadas), essa fase raramente é percebida pelo paciente.
Na maioria dos casos são observadas manchas hipocrômicas (mais claras do que a pele ao redor), bordas mal delimitadas (borradas), redondas ou ovais, geralmente com escamas discretas. A mancha e a pele ao redor apresentam acentuação do pelo (pele arrepiada) e seca, comum nos pacientes portadores de alergia como asma e rinite.
Localizam-se no rosto, especialmente nas regiões malares (bochechas), braços e tórax.
O número de lesões varia de 4 a 20, medem 0,5 a 5 centímetros. Majoritariamente é assintomática, embora o paciente possa referir discreto prurido (coceira), podendo representar um estágio anterior à dermatite atópica.
Pode coexistir com as lesões inflamatórias do eczema atópico, que se manifesta como manchas avermelhadas e pruriginosas nas dobras dos cotovelos e dos joelhos, o que reforça a relação entre eles.
As manchas desaparecem espontaneamente num período de vários meses a alguns anos, embora isso aconteça, na maioria dos casos, em um ano.
Como é feito o diagnóstico de pitiríase alba?
O diagnóstico é realizado apenas com o exame da pele, porém, em caso de dúvida, pode ser utilizada a lâmpada de Wood para diferenciar do vitiligo e a pitiríase versicolor.
O exame micológico pode excluir a possibilidade da pitiríase versicolor. A biópsia de pele pode ser necessária para diferenciar do linfoma (câncer) originado na pele e conhecido como micose fungóide hipocromiante, também frequente na faixa etária da pitiríase alba.
Sem o exame, a pitiríase alba pode ser confundida com outras patologias, como:
Pitiríase versicolor, mais conhecida por pano branco
Hipocromia pós inflamatória (manchas claras após inflamação da pele, especialmente nas pessoas de pele mais escura)
Vitiligo
Haseníase na fase indeterminada (fase inicial da doença)
Efeito colateral da aplicação prolongada de corticosteróide na pele
Tratamento da pitiríase alba
A aplicação regular do filtro solar impede o bronzeamento da pele ao redor, tornando as manchas menos visíveis.
Para outras formas de tratamento, é essencial buscar o auxílio médico que irá recomendar as melhores medicações para cada caso.
Em geral, é feita a aplicação de corticosteróide de baixa potência anti-inflamatória que pode reduzir o eritema (inflamação, raramente observada) e o prurido, também raramente presente.
Os inibidores da calcineurina, em creme e pomada, embora caros, são muito eficazes. Os análogos da vitamina D, tem eficácia semelhante aos inibidores da calcineurina.
A aplicação de cremes hidratantes, especialmente os contendo ceramida, podem acelerar a cura, porém os resultados são inferiores aos inibidores da calcineurina.
Os casos com comprometimento extenso da pele podem ser controlados com a fototerapia, através de fotoquimioterapia (associação de psoraleno e radiação ultravioleta A) e fototerapia direcionada à lesão de pele através do laser excimer de 308 nm.
Lembrando que apenas um médico especializado poderá recomendar o melhor tratamento para cada caso.
Agora que você já sabe mais sobre a pitiríase alba, que tal nos seguir no Instagram, no Youtube ou no Facebook para saber mais sobre doenças de pele e receber dicas de saúde?
A foliculite infecciosa é consequência da inflamação da parte superficial e até a profunda do folículo piloso (pelo).
Quando ela é superficial se manifesta por pústulas (bolhinhas de pus) e pápulas eritematosas (carocinhos) no interior do pelo. Os nódulos são uma característica da inflamação que atinge a parte profunda.
A foliculite infecciosa é causada, na maioria dos casos, por bactérias, mas outros microorganismos também são responsáveis como fungos, vírus e parasitas.
Continue lendo e saiba mais sobre essa doença!
Foliculite infecciosa bacteriana
Como já mencionado, a infecção bacteriana é a causa mais comum de foliculite infecciosa. As bactérias mais responsáveis são o Staphylococcus aureus e as bactérias gram-negativas:
Staphylococcus aureus
É uma bactéria gram-positiva. É a causa mais frequente da foliculite bacteriana, também conhecida como impetigo de Bockhart.
Foliculite gram-negativa
Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa e causadora de infecção no pelo em consequência do contato com a água contaminada por essa bactéria em banheira de hidromassagem e piscina
É consequência de concentração abaixo do recomendado de cloro nesses ambientes.
Outros organismos responsáveis pela foliculite gram-negativa incluem as espécies Klebsiella, Enterobacter e Proteus em consequência do uso prolongado da tetraciclina no tratamento da acne juvenil.
Fatores predisponentes da foliculite infecciosa
Confira quais são os fatores que podem aumentar o risco de foliculite:
Reservatório natural dentro do nariz e que ocorre em um terço da população
Oclusão de folículos pilosos por roupa apertada
Hiperidrose (excesso de sudorese)
Doenças que cursam com coceira, como dermatite atópica e escabiose pelo atrito na pele
Aplicação prolongada de corticosteróide na pele
Antibioticoterapia de forma prolongada por via oral para acne
Ato de barbear contrário à direção do crescimento do pelo
Exposição às banheiras de hidromassagem ou piscinas aquecidas
Manifestações clínicas
A foliculite infecciosa bacteriana, quando atinge apenas a parte superficial do pelo, se manifesta por pústulas (acúmulo de pus) ou pápulas (carocinhos) avermelhadas, tendo no centro o pelo, associado à dor à palpação, especialmente no nariz.
A foliculite é mais comum no couro cabeludo e no rosto. Outros locais frequentes são o tórax, nádegas e pernas, bem como as axilas, em bebês e crianças. As mulheres são mais suceptíveis à foliculite pelo hábito da tricotomia (remoção dos pelos), porém, ultimamente, os homens também têm tido mais foliculite por esse hábito também ter sido incorporado a eles.
A foliculite da barba, tendo como sinônimo sicose da barba, atinge a profundidade do pelo, no rosto e na nuca, causada, frequentemente, pelo S. aureus.
Manifesta-se, por pústulas dolorosas sobre placa elevada, avermelhada, envolvendo múltiplos folículos pilosos, agravado e mantido pelo ato de barbear.
A foliculite induzida por Pseudomona aeruginosa se apresenta com manchas avermelhadas, pápulas ou pústulas. A erupção aparece 8 a 48 horas após a exposição e ocorre principalmente no tronco e nádegas, correspondente ao contato com a água contaminada.
A infecção profunda do folículo piloso pode levar ainda ao desenvolvimento do furúnculo, manifestado por nódulo (caroço) avermelhado e quente, frequente em áreas de atrito como nádegas e axilas, a partir de foliculite ou já como tal, associado a dor intensa.
Ao contrário da foliculite, deixa cicatriz.
Uma variedade de furúnculo é a furunculose que se manifesta pelo surgimento de vários furúnculos simultaneamente, distribuídos amplamente em uma região do corpo.
Furúnculos múltiplos e agrupados podem coalescer para formar o antraz. Na maioria desses casos, o S. aureus é a causa.
Diagnóstico da foliculite infecciosa
A foliculite infecciosa bacteriana geralmente é diagnosticada por meio da história do paciente e do exame da pele. O diagnóstico deve ser suspeito em pacientes com pápulas ou pústulas no pelo.
Pacientes imunossuprimidos podem ter um risco aumentado de foliculite fúngica ou viral, garantindo maior presença desses distúrbios no diagnóstico diferencial de foliculite bacteriana.
O reconhecimento da distribuição da foliculite também pode ser útil.
A foliculite limitada ao couro cabeludo e/ou face geralmente é secundária a S. aureus. A foliculite por Pseudomonas geralmente ocorre em áreas da pele expostas à água contaminada, como já mencionado
Exames de laboratório são reservados principalmente para pacientes com diagnóstico duvidoso ou doença resistente ao tratamento.
Uma coloração de Gram e a cultura do conteúdo de uma pústula podem confirmar a presença de infecção e identificar o organismo causador
Tratamento da foliculite infecciosa
A etiologia da foliculite influencia a escolha do antibiótico. Por isso, é imprescindível consultar um médico especializado para fazer o tratamento correto.
Como a foliculite por S. aureus é a forma mais comum de foliculite bacteriana, os pacientes geralmente são tratados para essa infecção, desde que a história e o exame físico não sugiram outro tipo de foliculite. Uma avaliação para confirmar o diagnóstico é prudente quando os pacientes não respondem ao tratamento.
No caso de foliculite infecciosa estafilocócica, o tratamento nem sempre é necessário quando existem poucas lesões já que, geralmente, desaparecem espontaneamente.
Os pacientes com numerosas pápulas e pústulas ou com comprometimento de mais de uma área corporal são bons candidatos para serem tratados. A foliculite que não desaparece espontaneamente após espera de várias semanas também deve ser tratada.
A antibioticoterapia tópica é suficiente para muitos casos de foliculite infecciosa bacteriana. Os antibióticos de primeira linha preferidos são a mupirocina, a clindamicina e a retapamulina.
O ácido fusídico (creme) é uma opção adicional de tratamento de primeira linha, porém, tem sido observado uma resistência crescente do S. aureus ao ácido fusídico e também à eritromicina.
Os antibióticos por via oral são indicados para pacientes com:
Envolvimento cutâneo extenso
Foliculite estafilocócica recidivante ou refratária após terapia tópica
Foliculite profunda como a da barba
Um curso de 7 a 10 dias é geralmente suficiente. Devido à alta frequência de resistência à penicilina, outros antibióticos como a dicloxacilina e a cefalexina são tratamentos por via oral de primeira escolha.
A foliculite estafilocócica, particularmente no couro cabeludo ou no tronco, às vezes é persistente ou recorrente, apesar do tratamento. Não existe um consenso sobre a melhor abordagem para a foliculite estafilocócica refratária.
Nessa situação, os pacientes recebem frequentemente cursos prolongados de antibióticos orais de até três meses.
A foliculite relacionada à Pseudomonas é frequentemente autolimitada e desaparece em 7 a 10 dias com apenas uma boa higiene da pele. Evitar a água contaminada e realizar a cloração adequada de piscinas e banheiras de hidromassagem é preventivo.
Ciprofloxacina por via oral pode ser usada em casos graves ou em pacientes com a imunidade baixa.
Vale ressaltar que automedicação não é indicada e pode ter um efeito negativo no paciente.
Prevenção da foliculite infecciosa
A melhor abordagem para a prevenção de recidiva não foi definida. Evitar fatores predisponentes para foliculite, como o uso de roupas apertadas e excesso de sudorese, podem ser úteis.
Um regime de descolonização, como um curso de cinco dias de mupirocina dentro do nariz e lavagens diárias do corpo com clorexidina, além da descontaminação diária de itens pessoais, como toalhas e roupas, são indicados para pacientes com foliculite recorrente.
Se você está com sintomas de foliculite infecciosa, marque uma consulta conosco para iniciar o melhor tratamento para o seu caso. Somos uma clínica especializada em dermatologia.
A dermatite ou eczema de contato é definida como uma alergia na pele e
manifestado por inflamação
Ela provoca aspecto avermelhado associado à descamação e prurido (coceira) e está relacionada ao contato de substâncias com a pele e que pode ser um alérgeno (substância que desencadeia reação alérgica) ou um irritante (uma substância que danifica a pele).
Os irritantes são responsáveis por aproximadamente 80% dos
casos.
Continue lendo o nosso post e confira quais são os fatores
predisponentes do eczema de contato e como deve ser realizado o tratamento.
Fatores predisponentes do eczema de contato
Confira quais são os fatores que predispõem ao eczema de contato:
Idade
Crianças
As crianças são menos expostas ao contato com substâncias
geradoras de eczema de
contato. O mecanismo mais frequente é o de irritação (não envolvendo alergia).
O maior exemplo é o de dermatite de fraldas gerado pelo contato com urina e fezes, agravado pela umidade e fricção das fraldas.
Em seguida,em frequência, o contato com metais (bijuteria), especialmente o
sulfato de níquel,contido
em metais de bijoterias, e o bicromato de potássio (existente na
confecção do couro do sapato), além de fragrâncias.
Adolescentes
Correspondem a 10% dos casos de eczema de contato, contido nos metais (sulfato de níquel e cloreto de cobalto), esmalte de unha (resina tolueno-sulfonamida). Essas substâncias, em contato com a pele, geram inflamação através de mecanismo alérgico.
Adultos
Essa é a faixa etária mais frequentemente afetada pelo
eczema de contato.
O contato com sabões e detergentes é o causador mais frequente,atuando por simples mecanismo irritante (não mecanismo alérgico) e, normalmente, relacionado à profissão, como a de dona de casa.
Os casos por mecanismo alérgico têm como principais agentes
etiológicos o sulfato de níquel, o cromo e o cobalto, contidos nos metais de
bijuteria, além dos componentes da borracha.
Idosos
O contato com medicamentos, especialmente com o sulfato de neomicina, muito aplicado para tratar úlcera (ferida) de perna, são os maiores responsáveis pelo eczema de contato nessa faixa etária.
Pele Negra
A pele negra é mais resistente à dermatite de contato, tipo irritativa, como aos sabões e detergentes.
Outras doenças da pele
Doenças que causam a inflamação da pele, como a psoríase e a
dermatite atópica, facilitam a instalação de dermatite de contato por substâncias irritantes
por gerar menor resistência à penetração delas, como aos sabões e aos detergentes.
A sensibilização alérgica aos medicamentos aplicados e ao
material da borracha, no caso de dermatite de contato das mãos, também contribuem para o eczema
de contato.
Localização do eczema de contato
As localizações mais frequentes são aquelas mais expostas ao
contato com as substâncias
como as mãos, a face, o pescoço e os pés.
As regiões onde a pele é mais espessa, têm maior resistência ao desenvolvimento
de dermatite de contato em consequência da menor penetração de substâncias, como a palma e a planta.
Portanto,
é maior a probabilidade de desenvolver a doença no dorso das mãos, por
exemplo, do que na palma, pelo contato com sabões e detergentes.
Se a substância responsável estiver na roupa ou contaminá-la, os locais mais vulneráveis são aqueles onde exista maior fricção, como as axilas, as coxas, a parte superior das costas e os pés. Nessa última localização, o contato com o material contido no couro do sapato gera inflamação e coceira intensa.
Substâncias alérgicas contidas nas mãos podem ser
transferidas para outros locais, como as pálpebras e órgão genital, regiões
mais susceptíveis por oferecer menor resistência à penetração por terem a pele
mais fina.
Um exemplo frequente é o contato do esmalte das unhas com as pálpebras.
A mão é o local mais frequente na dermatite de contato relacionada à profissão, como nos profissionais que manuseiam alimentos (cozinheiro) ,medicamentos (enfermeiro) e donas de casa. Nestas últimas, se manifesta por ressecamento e inflamação consequente ao contato com sabão e detergente, atividade comum nesses profissionais.
As doenças da pele correspondem a mais de 30% das doenças ocupacionais(medicina do trabalho) e o eczema de contato é responsável por 90 a 95% dessas doenças da pele.
Eczema de contato por irritante
A dermatite de contato por irritante ocorre quando a pele
entra em contato com uma substância que provoca agressão do ponto de vista
físico, mecânico ou químico, causando o rompimento da barreira normal dela.
Causa do eczema de contato por irritante
As causas mais comuns são produtos de uso cotidiano,
incluindo sabão, produtos de limpeza e álcool.
Pessoas com pele seca, especialmente os portadores de
alergia hereditária como a atopia (rinite e asma) e de pele clara têm maior
risco, embora qualquer pessoa possa desenvolver eczema por irritante primário.
Manifestações clínicas
As substâncias irritantes podem gerar vermelhidão, secura, fissuras (pequenas rachaduras), liquenificação (espessamento e acentuação das linhas da pele) além de descamação e coceira, muito comum nas pessoas portadoras de asma e rinite alérgica.
Irritantes fortes,como ácido nítrico, existente, por exemplo, em água-viva
podem causar, quase que imediatamente após o contato, as manifestações de:
Vermelhidão e inchaço
Transpiração
Dor e ardor
Bolhas
As mãos são comumente afetadas, geralmente entre os dedos.
O eczema de contato por irritante também pode afetar o
rosto, especialmente a pele fina das pálpebras.
Diagnóstico de eczema de contato por irritante
O diagnóstico de eczema de contato por irritante geralmente é baseado na
história e no exame físico.
Em alguns casos, um teste com adesivo (aplicação de uma
pequena quantidade de substância na pele) pode ser recomendado para esclarecer
se a dermatite é do tipo alérgica ou por irritante.
Tratamento
O objetivo do tratamento da dermatite de contato irritante é recuperar a barreira normal da pele e protegê-la de adicionais lesões no futuro.
Para isso, é fundamental diminuir ou evitar totalmente a exposição às substâncias irritantes conhecidas. Em alguns casos, diminuir o uso de sabão e aplicar um creme ou pomada emoliente (creme hidratante) alivia completamente os sintomas.
Também recomenda-se usar luvas ao trabalhar com substâncias
irritantes, porém não deve exceder o tempo de 2 horas de contato diário com a
pele.
As luvas também são muito importantes para as pessoas que
lavam as mãos muito frequentemente (mais de 20 vezes ao dia). Nesses casos, é
recomendado que seja usada uma luva de tecido de algodão antes da luva de
borracha.
Os casos mais intensos exigem o acompanhamento de um
dermatologista que irá recomendar corticosteróide tópico sob a forma de creme durante o dia e
pomada à noite, preferencialmente com alta potência anti-inflamatória.
Os tratamentos com corticosteróides para dermatite de
contato são mais eficazes quando aplicados sob curativo, luvas de algodão ou vaselina.
Corticosteróides por via oral, como a prednisona, podem ser usados por apenas alguns dias para tratar eczemas graves, mas
devem ser evitados para o tratamento a longo prazo para evitar graves efeitos colaterais como
atrofia(afinamento) da pele
Eczema de contato alérgico
A dermatite alérgica de contato ocorre quando a pele entra
em contato direto com um alérgeno. Isso ativa o sistema imunológico, que gera inflamação.
Ela pode ocorrer após a exposição a um novo produto ou após
o uso ter acontecido, previamente por meses ou anos. Alérgenos em baixas
concentrações requerem exposição de semanas a meses antes de causar eczema.
O paciente pode ajudar a encontrar a causa da dermatite
alérgica de contato, fornecendo um histórico de exposições. Se o paciente
apresentar dermatite alérgica de contato súbito com bolhas, por exemplo, o
histórico de exposição à planta é mais provável.
Por outro lado, no caso da dermatite alérgica de contato
crônica, manifestada por vermelhidão e espessamento da pele, deve ser
pesquisada a exposição a itens do cotidiano, como roupas, sapatos, cosméticos e
metais.
Alérgenos comuns
A hera venenosa, o carvalho venenoso e o sumagre venenoso
contêm um óleo chamado urushiol, que é a causa mais comum de eczema de contato
alérgica.
A fruta ginkgo e a casca da manga também contêm urushiol e
podem ser a causa.
Outros alérgenos comuns são:
Níquel em joias
Perfumes e cosméticos
Componentes da borracha
Esmaltes
Produtos químicos em sapatos (couro sintético), conservantes
Produtos químicos usados para pintar o cabelo
Corticosteróide de uso tópico
Colas
Plásticos
Borracha
Muito
frequente é a alergia ao contato com o sulfato de níquel, contido no metal de
bijuterias, em relógio e no botão do zipper da calça.
A dermatite alérgica de contato também pode ser desencadeada
por certos medicamentos, sendo o mais frequente o sulfato de neomicina. Os
detergentes para a roupa também podem ser a causa.
Manifestações clínicas
O sintoma desse tipo de eczema de contato inclui coceira
intensa, acompanhada de erupção cutânea avermelhada e que pode formar bolhas,
em casos graves.
A erupção cutânea geralmente se limita às áreas que estavam
em contato direto com o alérgeno, mas uma erupção cutânea pode aparecer em
outras áreas do corpo, se o alérgeno for transferido para essas áreas pelas
mãos de uma pessoa ou ser provocado pela propagação da alergia por células
(linfócitos) do sangue.
Lavar a pele contendo o alérgeno com água e sabão,
geralmente, pode impedir essa propagação.
A erupção cutânea aparece dentro de 12 a 48 horas após a
exposição ao alérgeno, embora em alguns casos possa não aparecer por até duas
semanas.
É necessário ter havido um contato prévio, antes da erupção para ocorrer a sensibilização
Menos comumente, a erupção persiste por meses ou anos. Nessa
situação, é mais difícil a identificação da causa.
Diagnóstico
O diagnóstico do eczema de contato alérgico é baseado na história clínica e no exame físico do paciente.
Se os sintomas melhorarem após a eliminação do alérgeno, isso apoia o diagnóstico. O teste de contato pode ser recomendado em alguns casos para esclarecer o agente etiológico.
Tratamento
A dermatite alérgica de contato, na maioria dos casos, desaparece
dentro de duas a quatro semanas após a eliminação do alérgeno, embora possa
levar mais tempo, em alguns casos.
Várias medidas podem ser adotadas para minimizar a coceira
durante esse período e ajudar a controlar esse sintoma em pessoas com dermatite
alérgica de contato persistente (crônica).
Sempre que possível, identifique e interrompa toda a
exposição ao alérgeno.
Além disso, banhos de aveia ou loções calmantes, como de
calamina, podem proporcionar alívio em casos leves.
Os corticosteróides tópicos podem ser recomendados para
pessoas com sintomas leves a moderados. Cremes e pomadas corticosteróides estão
disponíveis em uma variedade de potência anti-inflamatória, devendo ser
consultado um dermatologista para prescrever a mais indicada para o seu caso.
Para os pacientes com coceira mais intensa, recomendam-se
compressas úmidas, especialmente quando a área afetada apresenta secreção
líquida e com crostas. Esses curativos trazem diversos benefícios:
São calmantes
Aliviam a coceira
Reduzem a vermelhidão
Removem delicadamente as crostas
Evitam arranhões adicionais
Uma roupa de algodão úmida (a roupa é encharcada de água e
depois torcida) é usada sobre a área afetada e coberta com uma seca.
Os adultos podem preferir aplicar curativos molhados à
noite. Quando usados durante o dia, os curativos úmidos devem ser trocados a
cada oito horas.
Bebês e crianças com envolvimento extenso da pele podem usar
pijamas molhados cobertos por um seco ou um saco plástico antes de dormir.
Em pessoas com dermatite grave, pode ser recomendado um
período curto de corticosteróides por via oral para controlar os sintomas.
Dermatite de contato ao látex
O látex é um fluido produzido por seringueiras, industrializado em uma
variedade de produtos, incluindo luvas, balões e preservativos.
Em alguns indivíduos, a exposição a esses produtos e a outros pode causar eczema de contato por meio de uma reação por irritante ou alérgica. Menos comumente, uma pessoa pode desenvolver uma reação alérgica potencialmente fatal ao látex.
Eczema de contato por irritante ao látex
A dermatite por irritante geralmente ocorre nas mãos de
pessoas que usam látex ou outras luvas de borracha, mas o problema não é o
látex.
Essas luvas, contenham ou não látex, geralmente contêm
aditivos químicos que irritam a pele. Além disso, elas retêm a umidade contra a
pele, gerando diminuição da barreira dela à penetração de substâncias e
tornando-a vulnerável aos compostos irritantes.
A combinação desses fatores pode levar à inflamação da pele.
As manifestações da dermatite por irritante por borracha ou látex incluem vermelhidão e coceira. Também pode provocar ressecamento e rachaduras.
Pessoas com dermatite por irritante geralmente acreditam ter
alergia ao látex e descobrem que a dermatite ocorre mesmo quando usam luvas sem
esse componente. O tratamento consiste em evitar produtos que contenham
irritantes e usar um creme hidratante.
Alergia ao látex
Causa uma resposta diferente daquela observada na dermatite
por irritante.
Uma alergia ao látex pode causar urticária que se manifesta
por manchas avermelhadas e urticas (elevação da pele), onde cada lesão dura, no
máximo, 24 horas, sempre acompanhada da sensação de coceira intensa.
Outras manifestações incluem irritação ou congestão nasal e
ocular, asma e, até mesmo, uma reação potencialmente fatal chamada anafilaxia
que impede a respiração decorrente de inchaço nas vias aéreas, como a laringe.
Além disso, as pessoas com alergia ao látex, geralmente,
também têm respostas alérgicas às frutas ou vegetais que contêm proteínas
semelhantes às encontradas no látex.
Esses alimentos incluem banana, kiwi, abacate, castanha, mamão e tomate.
Diagnóstico e tratamento do eczema de contato
ao latex
Se o padrão de manifestação sugere uma alergia ao látex,
pode ser confirmado recorrendo a exames de sangue ou na pele. O diagnóstico
pode ser feito com testes cutâneos usando derivados do látex.
O tratamento preventivo para alergia ao látex é evitar todos
os produtos que contenham esse produto. Luvas sem látex estão amplamente
disponíveis.
Os preservativos (camisinha) sem látex podem evitar a gravidez, porém não as doenças sexualmente transmissíveis como HIV e infecções por gonorreia e clamídia.
A população que reage intensamente ao componente deve
informar essa reação em qualquer momento através de avisos aderidos à pulseira,
colar ou carteira, além de uma referência familiar através do nome e telefone
em situação de emergência, especialmente em crianças.
Essa alergia deve ser informada aos profissionais de saúde,
como médicos e dentistas. É importante ainda que os pacientes sejam
acompanhados de um kit de anafilaxia, incluindo adrenalina, em caso de não
dispor de nenhum profissional de saúde ao acontecer uma crise.
Agora que você já sabe tudo sobre o eczema de contato e os seus tipos, continue a leitura e aprenda mais sobre a teledermatologia.
O cisto epidermóide, também conhecido por cisto epidérmico,
cisto de inclusão epidérmica, ou indevidamente por cisto sebáceo, é um pequeno
nódulo benigno da pele.
Esse é o tipo de cisto mais comum na pele e é muito
frequente nos adultos e raro nas crianças.
Não há preferência por sexo, podendo se manifestar igualmente em homens e mulheres.
Continue lendo o nosso post e tire todas suas dúvidas sobre
o cisto epidermóide.
Qual é a causa do cisto epidermóide?
A parede do cisto epidermóide, popularmente conhecido como cisto sebáceo, tem a mesma composição da pele. É originado do infundíbulo folicular, uma parte do pelo.
A cavidade do cisto é preenchida por camadas laminares de
queratina.
O cisto epidermóide pode surgir na derme,camada intermediária da pele,
de forma espontânea, por
oclusão do folículo pilosebáceo (pelo), manifestada por um comedão (cravo) e
também como consequência da implantação do epitélio folicular na derme devido a
um trauma ou a partir de células desprendidas ao longo das fendas embrionárias.
Há chances de haver rompimento, gerando inflamação no tecido
ao redor do cisto.
Manifestações clínicas do cisto epidermóide
Manifesta-se por um nódulo (caroço) ou cisto da cor da pele que se move livremente à palpação, frequentemente, com um ponto escuro central, semelhante a um cravo, correspondente ao orifício do folículo pilossebáceo obstruído.
Apertar o cisto pode resultar na eliminação de um material
de mau odor (rançoso) e na inflamação e esta, em consequência da
eliminação desse material
no tecido ao redor.
Pode ser único ou múltiplo. À palpação profunda da pele, existe uma sensação de serem móveis (de se deslocarem).
O cisto epidermóide (cisto sebáceo) inicialmente mede poucos milímetros e pode atingir, lentamente, alguns centímetros, geralmente entre 1 e 5.
São de coloração da pele normal e esbranquiçados ou amarelados quando localizados mais superficialmente.
Quando há complicação com inflamação ou infecção, o cisto aumenta rapidamente de tamanho e a pele se torna avermelhada e dolorosa,
geralmente, em consequência do hábito de apertar o cisto.
Localiza-se mais frequentemente no rosto, pescoço (atrás da
orelha) e parte superior do tronco.
O cisto epidermóide pode ser confundido ou diagnosticado
como:
Lipoma
Cisto pilar, quando ocorre no couro cabeludo
Abscesso
Pilomatricoma
Tratamento do cisto epidermóide
O tratamento do cisto epidermóide depende do seu tamanho e se há, ou não, inflamação. Ele deve ser feito por um médico especializado na área, como um dermatologista.
Para um cisto medindo até um centímetro, deve ser feita incisão,
após anestesia local, seguida de forte expressão para eliminar a cápsula do
cisto. Se não for eliminada a cápsula, é indicado realizar a curetagem e
cauterização com bisturi elétrico.
A remoção de todo o cisto é o melhor tratamento para as lesões de maior tamanho, desde que esteja sem inflamação e sem infecção bacteriana.
Nos casos com inflamação, é indicada a injeção de acetonido
de triancinolona (medicamento importado). Se surgir infecção bacteriana, deve ser prescrito
antibiótico por via oral e drenado, quando houver complicação de abscesso.
Ao notar o crescimento de um cisto epidermóide, deve-se procurar um dermatologista de confiança para iniciar o tratamento. Fale conosco e marque sua consulta no ProntoPele.
A alopecia de tração é uma forma de perda de cabelo
resultante de tensão prolongada ou repetitiva do cabelo e que acomete o limite
anterior e lateral do couro cabeludo.
Ela é mais frequente em crianças e mulheres negras, porém pode ocorrer em qualquer população.
Está relacionada a penteados com tração, principalmente em
“rabo de cavalo” apertados, tranças ou penteados em coque (bailarinas). Outras
formas de ação física, como alisamento com escova ou pente quente também
predispõem à
alopecia de tração
Continue lendo e saiba mais sobre essa doença.
O que causa a alopecia de tração?
O penteado é o agressor direto, porém a fragilidade natural
dos cabelos crespos e a associação de alisamento químico aumentam a
possibilidade de desenvolver a alopecia de tração.
A tração e o dano físico ao eixo do cabelo levam inicialmente a alterações no ciclo de crescimento do cabelo. No início, o trauma da tração provoca uma inflamação ao redor do folículo piloso.
Como resultado dessa inflamação, os folículos pilosos podem tornar-se miniaturizados (cabelos mais finos, semelhante ao pelo velo) e consequente redução da densidade capilar.
A manutenção do fator agressor de forma crônica provoca a
destruição progressiva dos folículos terminais tracionados. Se for suspensa a
tração, é possível a recuperação do cabelo, porém se a agressão for mantida, a
alopecia se torna irreversível.
Manifestações clínicas da alopecia de tração
Inicialmente, surge foliculite de tração e que se manifesta
pelo surgimento de pápulas (carocinho),
pústulas (bolhinhas de pus) e vermelhidão ao redor dos pelos, ainda sem
perda de cabelo ou com alopecia discreta.Essa inflamação denuncia inflamação inicial ao pelo.
Com a persistência da tração, ocorre perda perceptível do
cabelo, com diminuição da sua densidade até a alopecia completa da região afetada do couro
cabeludo
A localização mais comum da alopecia de tração é na parte frontal e lateral do couro cabeludo e que corresponde à tensão mais comum no cabelo.
Se a tração persistir, a alopecia será irreversível.
O sinal da franja é definido como pelos terminais (pelos
longos) anterior à área de alopecia, a qual é constituída por pelos residuais
finos ou miniaturizados.
No entanto, a queda de cabelo na parte de trás também pode ser vista em mulheres que costumam usar coque apertado.
A queda de cabelo também pode acontecer consequente à
colocação de tranças de cabelo, como o mega hair.
Tratamento da alopecia de tração
A parte mais importante do tratamento da alopecia de tração
é interromper precocemente a tensão dos cabelos, alertando os pacientes para evitar esse trauma
que cause dor. Se necessário, deve ser feito com pouca frequência e por curtos
períodos.
Para o tratamento, deve-se consultar um médico especializado que recomendará o melhor método baseado na quantidade de perda de cabelo e seriedade do caso.
Na fase inicial, é recomendado a aplicação de minoxidil a 5%
em solução, uma ou duas
vezes ao dia e que provoca alongamento no período de crescimento
(anágeno) do folículo piloso e encurtamento na fase de repouso (telógeno).O veículo em espuma é
comercializado em outros países. Também pode ser aplicado na concentração de 2%
Assim, induz a conversão de cabelos miniaturizados em
terminais(longos). O tratamento deve ser continuado
durante um ano para avaliar com segurança a sua eficácia.
A inflamação da fase precoce é combatida com aplicação de
corticosteróides sobre a pele ou intralesional, além de antibióticos, por via
oral, que tenham ação anti-inflamatória como a tetraciclina, a minociclina e a
doxiciclina.
Os pacientes com perda de cabelo de longa duração são
beneficiados com transplante de cabelo ou técnicas de camuflagem como a
utilização de cosméticos que possam reduzir a visibilidade da perda, como
tatuagem, loções ou sprays.
Se você está perdendo cabelo e desconfia de ter alopecia de tração, marque sua consulta no ProntoPele para fazer uma avaliação e ser iniciado o tratamento indicado para você.
A acne da mulher adulta é caracterizada por lesões
características de comedões (cravos) e lesões inflamatórias(espinhas) no rosto,
pescoço, ombros e tórax. Essa condição também é frequente a partir dos 25 anos.
No entanto, a acne tem alta incidência na adolescência, o que gera percepção equivocada de que ela se limita a essa faixa etária. Porém, é muito comum permanecer e, menos comum, surgir a partir dos 25 anos de idade.
Existe um predomínio de 75% dos casos nas mulheres, provavelmente por maior
preocupação delas em tratar a acne.
A acne predomina nas mulheres a partir de 16 anos e se mantém em 50% delas entre
os 20 e 30 anos. Ainda permanece entre os trinta e quarenta anos em 25% e, em mais de 10%, nas mulheres na década
dos 40 anos. Já na sexta década, atinge menos de 5% delas.
Existe uma discreta prevalência de acne da mulher adulta em
negras ou de origem hispânica. Continue lendo o post e saiba mais sobre essa
condição.
O que causa a acne da mulher adulta?
Os 4 fatores que contribuem na etiologia da acne da mulher
adulta são:
Queratinização anormal do folículo pilossebáceo
As células que revestem o pelo têm uma adesão maior entre
elas e, consequentemente, há a diminuição da renovação das células no processo
de eliminação delas.
Isso contribui para a diminuição do diâmetro do orifício do pelo e consequente dificuldade na eliminação do sebo. Isso gera o aparecimento do comedão (cravo) e que representa a primeira manifestação da acne da mulher adulta.
O sebo
é a gordura produzida pela glândula sebácea que está localizada na parte
inferior do pelo.
Aumento da produção do sebo
A queratinização folicular anormal associada à maior produção de sebo contribuem para a formação do comedão (cravo).
Bactéria Cutibacterium acnes
A bactéria Cutibacterium acnes coloniza o pelo e é responsável pela geração do quarto fator seu processo inflamatório em consequência da ruptura do comedão, gerando a pápula (espinha).
Inflamação
A
resposta imunológica do organismo contra a bactéria gera inflamação dos cravos
com o surgimento da pápula(espinha) e pústula (bolhinha de pus). A consequente ruptura do pelo elimina
bactérias, o sebo e a queratina do seu conteúdo no tecido ao redor, agravando o
processo inflamatório
Outros fatores
Os
andrógenos,gerados pelo organismo ou de origem externa, contribuem para a
formação do comedão Também
agem na formação do cravo os seguintes fatores:
O ciclo menstrual
O fumo
Uso de produtos cosméticos de consistência oleosa
Os hormônios andrógenos estimulam a hipertrofia da glândula
sebácea e consequente maior produção do sebo. A influência androgênica é
comprovada pela ação de medicamentos que combatem esse hormônio e, consequentemente, melhoram a acne.
Níveis elevados dos andrógenos ocorrem, principalmente, na síndrome do ovário policístico, e menos frequentemente em tumores do ovário e da glândula suprarrenal, origem dos hormônios, normalmente.
A administração de testosterona e esteroides anabolizantes, administrada nas academias de
ginástica, além de
anticonceptivos hormonais (pílula) contendo apenas progesterona (pílula sem estrógeno que tem
ação anti andrógeno) também contribuem para o agravamento da acne da mulher adulta.
Mesmo em níveis normais, os andrógenos contribuem para o aumento da produção do sebo pela atuação direta na glândula sebácea, seja por maior conversão local de precursores dos andrógenos em andrógenos, seja pela maior sensibilidade da glândula sebácea a esses hormônios.
Também ocorre agravamento da acne da mulher adulta no
período pré-menstrual, evidenciado pelo aumento do número de lesões inflamatórias
(espinhas).
Essa piora da acne é induzida pela diminuição do orifício
(poro) do pelo, gerando acúmulo de sebo, substância que induz o aparecimento
dos comedões(cravos)
e, a partir destes, as pápulas (espinhas).
Acredita-se também que o fumo induza a maior formação dos comedões em consequência do efeito na diminuição da eliminação das células que revestem o pelo (gera obstrução da eliminação do sebo) por ação da nicotina. Porém, outros estudos não confirmaram isso.
Não existe certeza da contribuição de produtos cosmecêuticos na indução da acne. Mesmo assim, deve-se evitar a aplicação de substância de consistência oleosa no rosto ou no cabelo.
Vale ressaltar que também existe uma predisposição familiar
ao desenvolvimento da acne, e também maior tendência nas mulheres com alto nível
de estresse e nas que ainda não tiveram filho
Manifestações clínicas da acne da mulher adulta
As manifestações clínicas ocorrem como continuidade da acne
na adolescência e apenas 18% surgem pela primeira vez na vida adulta.
A acne da mulher adulta se manifesta por comedões(cravos) que podem ser da cor da pele (comedões fechados)
ou com pontos negros (comedões abertos).
Os comedões fechados se torna mais evidentes se a pele for esticada. Também compõe as manifestações as lesões inflamatórias, representadas por pápulas(espinhas), pústulas (bolhinhas de pus) e nódulos.
Existem duas apresentações clínicas: uma com comedões em várias regiões do rosto associados a algumas pápulas e pústulas, e outra limitada à parte inferior da face (mento, ao redor da boca e da mandíbula).
Esta
última localização, apesar da literatura informar que representa apenas 11% dos casos, na
experiência do autor, essa região é
muito frequente em mulheres após a adolescência.
Geralmente a intensidade da acne é leve a moderada na mulher
nessa faixa etária. Também há a possibilidade de acne da mulher adulta
manifestar-se, além do
rosto, também no pescoço, tórax e ombros.
Independentemente de onde for, recomenda-se uma investigação
em relação ao hiperandrogenismo, ou seja, elevação do hormônio andrógeno
proveniente do ovário ou da glândula suprarrenal e que se manifesta da seguinte
forma:
Sinais de virilização como hirsutismo (aumento de pelos semelhante ao homem)
Queda de cabelo na parte anterior do couro cabeludo (entradas),
Corticosteróides de uso tópico, ingeridos ou injetáveis
Vitaminas B2, B6 e B12
Fenitoína
Lithium
Isoniazida
Anticonceptivos contendo apenas progestágenos, ciclosporina, psoralenos e azatioprina
Tratamento da acne da mulher adulta
O tratamento da acne da mulher adulta só pode ser definido
por um médico especializado na área , que irá avaliar a causa e traçar o melhor método para cada
caso.
Em geral, há a aplicação de medicamentos em toda pele
afetada como:
Acido retinóide
Peróxido de benzoíla
Eritromicina
Clindamicina
Acido azelaico
Geralmente esses medicamentos ,combinados, têm maior efetividade
Por via oral pode-se optar pelo uso da tetraciclina e derivados como a minociclina,
limeciclina e doxiciclina além de
sulfa e azitromicina.Os três primeiros medicamentos são mais eficazes.
Também pode ser recomendado anticonceptivos hormonais contendo estrógeno e progestágeno, ou a isotretinoína, sendo esta última a mais eficaz.
O uso da isotretinoína, também conhecida, comercialmente como Roacutan
deve ser acompanhado de cuidadosa utilização de todos métodos anticonceptivos, além de evitar a exposição
solar exagerada(fácil
queimadura solar) e uso de bebida alcoólica.
Os efeitos dos medicamentos surgem 8 a 12 semanas após o início do tratamento.
Alguns medicamentos, mesmo aplicados na pele, devem ser evitados durante a
gravidez, exceto o ácido
azelaico, a eritromicina e a clindamicina.
Após o controle da acne da mulher adulta, é muito importante
a aplicação de medicamentos contendo ácido retinóico para prevenir a recidiva e
combater as manchas escuras residuais, mais frequentes nas mulheres de pele
escura.
Agora que você já sabe mais sobre a acne da mulher adulta, que tal nos seguir no Instagram, facebook e youtube para saber mais sobre os principais cuidados com a pele?
A candidíase é uma infecção causada pelo fungo do gênero Candida, sendo uma das infecções mais comuns da pele e mucosas.
Ela pode apresentar-se de diferentes maneiras e ter sintomas variados.
Independentemente da manifestação, é preciso fazer um acompanhamento médico para que o tratamento correto seja efetuado.
Continue lendo o nosso post e confira mais informações sobre candidíase!
Qual é a causa da candidíase?
A Candida albicans é a mais frequente entre as 30 espécies de Candida (subtipos) que infectam o ser humano.
Sua distribuição é ampla, tanto no meio ambiente como fazendo parte da biota (flora de microorganismos que habitam a epiderme normal).
É um fungo comensal, ou seja, vive na pele, especialmente nas dobras e nas mucosas das cavidades oral e genital (masculina e feminina) de indivíduos saudáveis, além do intestino.
Porém, é capaz de provocar doença oportunista por modificações no organismo, nas seguintes condições:
Desequilíbrio da flora composta por microorganismos encontrados normalmente na pele e mucosas.
Agressão à integridade da pele ou mucosas por agentes físicos, como atrito nas dobras da pele.
Queda da imunidade provocada por doenças, como a AIDS e leucemia, ou por uso de medicamentos que deprimem a imunidade.
O desequilíbrio da flora pode estar ligado com o uso de antibióticos, que provoca destruição das bactérias da pele, permitindo a proliferação da cândida.
Em relação à agressão da integridade da pele, ela é mais comum em pessoas obesas ou que usam roupas apertadas, além de traumas provocados pelo uso de dentadura ou do DIU, que permitem a penetração da cândida que está presente na pele e nas mucosas.
No caso de queda de imunidade por medicamentos, ela é comum em transplante de órgãos. Os corticosteroides também podem ter esse efeito, até mesmo através da inalação, para combater asma e rinite.
Apesar da patogenicidade do fungo, ou seja, de sua capacidade de invadir a pele e mucosas e contribuir para a instalação da doença, o mais importante são os fatores relacionados ao hospedeiro, enumerados acima, para a cândida sair da condição de comensal (boa convivência) para se tornar patógeno.
Portanto, em condições normais, a candidíase é de difícil transmissão.
Manifestações clínicas da candidíase
A candidíase pode ter diversas manifestações clínicas. Confira as principais!
Candidíase oral
É frequente nos recém-nascidos, conhecida popularmente como sapinho.
Ao nascimento, a microbiota (microorganismos habitantes da pele e das mucosas em estado normal) é estabelecida a partir do canal do parto, objetos em berçários ou amamentação.
O aleitamento materno é um fator de proteção contra a candidíase comprovado pela menor incidência da doença nas crianças amamentadas pela mãe em comparação com as que não foram.
Em adultos, ocorre mais frequentemente em diabéticos, idosos (uso mais frequente de dentaduras) e especialmente nas pessoas com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sendo a presença da candidíase nestes últimos um indicador de doença pelo vírus do HIV.
Caracteriza-se pela presença de placas brancas ligeiramente elevadas, que se assemelham à nata de leite ou ao leite coalhado.
A remoção dessas placas pode ser feita pela fricção de uma gaze ou pela raspagem com um abaixador de língua para revelar uma mucosa avermelhada ou com feridas ou erosões.
As lesões podem acometer qualquer parte da cavidade oral, porém são mais frequentes no ângulo da boca (constituindo a queilite angular da candidíase),
mucosa jugal (parte interna das bochechas), e no palato mole (parte posterior do céu da boca).
A partir desse último, pode se estender ainda mais e chegar à faringe e à laringe.
A localização na faringe é quase exclusiva dos pacientes com a imunidade baixa, como os portadores de HIV, e gera sensação de dor durante a deglutição (disfagia) e também na parte anterior do tórax.
A propagação da infecção para a laringe se manifesta por rouquidão.
O uso de prótese dentária ou chupeta facilita o acúmulo de saliva no palato duro (céu da boca).
Os pacientes podem se queixar de sensação de boca felpuda (algodão na boca), perda do paladar e, em alguns casos, dor durante a mastigação e ao engolir.
uso de roupas justas e/ou de fibras sintéticas (evitam a transpiração).
As mulheres soropositivas apresentam um número elevado de recorrências e com maior duração, com tendência a maior intensidade à medida que diminui a imunidade em decorrência da AIDS.
Manifesta-se com prurido e sensação de queimação na vulva, disúria (dor durante ato de urinar) ou dispareunia (dor durante ato sexual).
Esses sintomas são mais intensos durante a semana que antecede a menstruação.
No exame ginecológico, observa-se eritema da vulva e da mucosa vaginal, edema na vulva, além de arranhões (escoriações) e secreção de aspecto leitoso e espessa, porém também pode ser discreta ou inexistente
Candidíase no pênis
Conhecida como balanite, quando atinge apenas a glande, ou balanopostite, quando atinge também o prepúcio.
Manifesta-se por eritema (vermelhidão) e por lesões esbranquiçadas e erosões, que podem se disseminar para as coxas, bolsa escrotal, dobras entre nádegas e virilhas.
Os casos com inflamação mais intensa, geralmente estão associados a diabetes descompensada.
Candidíase intertriginosa
Acomete as dobras da pele como as virilhas, entre nádegas, e abaixo dos seios (seios pêndulos em idosas).
Caracteriza-se por áreas avermelhadas cobertas por uma camada esbranquiçada, além de fissuras ou feridas de forma linear.
Candidíase sistêmica
É uma forma muito grave devido à disseminação para outros órgãos através da corrente sanguínea.
Os doentes mais propensos a essa disseminação da candidíase são;
recém-nascidos,
transplantados,
portadores de câncer, especialmente os com leucemia,
pacientes submetidos à cirurgia abdominal,
pacientes em nutrição parenteral (nutrientes pela veia).
A UTI é um local frequente de transmissão dessa forma de candidíase ameaçadora à vida.
O diagnóstico da doença é baseado principalmente por exame dermatológico e raramente é necessária confirmação laboratorial do diagnóstico, que é realizado por exame micológico (exame direto ao microscópio e cultura).
Como é feito o tratamento?
Inicialmente, devem ser investigados os fatores que predispõem à doença.
Existe uma preferência pelos medicamentos de uso tópico, porém nos casos mais intensos devem ser associados tratamentos por via oral e até sistêmica (na veia), este último quando atinge outros órgãos.
Os medicamentos mais eficazes de uso tópico são os derivados imidazólicos, como o clotrimazol, miconazol, oxiconazol e cetoconazol.
Utiliza-se o itraconazol e fluconazol (o melhor) por via oral e nos casos que se disseminam para outros órgãos, é indicado a anfotericina B por via parenteral (na veia).
É importante ressaltar que o método terapêutico ideal deve ser prescrito por um médico. A automedicação pode piorar a situação e causar manifestações mais graves. Marque sua consulta conosco e garanta o melhor tratamento para sua candidíase!
A vitamina D atua de diferentes formas no nosso corpo e apresenta muitas funções reguladoras.
Infelizmente, é comum que pessoas tenham deficiência dessa substância, principalmente idosos, acamados ou pacientes de doenças crônicas.
Como consequência disso, o corpo metaboliza menos cálcio, podendo ocasionar fraturas e fraquezas nos ossos.
Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre esse tema tão interessante!
O que é vitamina D e qual sua função?
A vitamina D é um pró-hormônio que, associado ao paratormônio (PTH), atua como importante regulador do metabolismo do cálcio.
A síntese na pele é a principal fonte natural dessa vitamina, especificamente, a vitamina D3, contribuindo com 90% do total adquirido pelo organismo.
Alguns alimentos são fonte de natural dela, como o fígado de peixes gordos como salmão, bacalhau, atum, cavala e sardinha, porém representam apenas 10%.
A vitamina D absorvida, seja pela pele ou por alimentos, é convertida no fígado em 25-hidroxivitamina D (calcidiol), a principal forma encontrada no sangue.
Posteriormente, é transformada no rim em 1,25-di-hidroxivitamina D (calcitriol), a forma ativa dessa vitamina.
Esta última é a responsável pela absorção adequada de cálcio pelo intestino e menor eliminação pelo rim, para, assim, prevenir fraturas ósseas pela boa absorção de cálcio pelos ossos.
Por isso, é muito importante a manutenção da concentração dessa vitamina no sangue para evitar a diminuição da absorção de cálcio.
Quando há deficiência de vitamina D?
A vitamina D e seus metabólitos têm papel clínico significativo devido à sua inter-relação com a homeostase do cálcio e o metabolismo ósseo.
Atualmente, Raquitismo (crianças) e osteomalácia (crianças e adultos) devido à grave deficiência dessa substância são incomuns.
Os idosos confinados em ambientes fechadas podem desenvolver deficiência de vitamina D, uma vez que a produção natural diminui com a idade e os idosos ingerem menor quantidade dela.
Também são mais vulneráveis os que vivem nos países do hemisfério norte, principalmente no inverno, por menor exposição solar.
Além disso, há vulnerabilidade por parte de pessoas de pele escura, obesas, gestantes, lactentes, os que tomam remédios que aceleram o metabolismo dessa vitamina, como:
anticonvulsivantes,
corticosteroides,
antirretrovirais,
colestiramina,
antifúngicos.
Como já falado, os que se expõem pouco ao sol também pode apresentar essa deficiência, que é comum em idosos acamados, pessoas que usam roupas de proteção ou filtro solar constantemente, e portadores de osteoporose.
A suficiência de vitamina D é estimada pela concentração de 25-hidroxivitamina D no sangue e que deve oscilar de forma ideal entre 20 e 40 ng/ml, porém alguns consideram que não deve ser abaixo de 30 ng/ml em idosos, para minimizar o risco de quedas e fraturas.
Exagero na ingestão, implicando em nível no sangue acima de 50 ng/ml, pode gerar, paradoxalmente, fraturas nos ossos, além do risco potencial de induzir câncer, como os de próstata e pâncreas.
Por isso, deve ser realizado a dosagem dessa vitamina, sob supervisão, periodicamente nas pessoas mais suscetíveis, especialmente os idosos.
É recomendado que haja exposição ao sol no rosto e braços durante 5 a 15 minutos, não devendo ser prolongada pelo risco de indução do câncer de pele.
Apesar de representar menor fonte de absorção, a ingestão de alimentos industrializados ricos em cálcio e vitamina D é recomendado.
Os especialistas prescrevem óleo de fígado de bacalhau na dose de 1 colher de chá, 100 gramas de sardinha enlatada, atum (90 gramas) e salmão (100 gramas).
O filtro solar deve conter fator de proteção solar (FPS) de 15, desde que aplicado de forma homogênea.
São indicados filtros solares com maior fator de proteção para compensar a habitual aplicação incompleta, sendo quantidade ideal de 2 mg por centímetro quadrado de pele.
Isso reduz a síntese de vitamina D em 98%, porém não provoca deficiência da mesma porque, geralmente, o filtro solar não é aplicado de forma ideal.
Os adultos que não se expõem regularmente ao sol devem ingerir 600 a 800 unidades de vitamina D3 (colecalciferol) diariamente.
As pessoas idosas (acima de 70 anos), especialmente as confinadas em ambientes fechados e outros grupos de risco, devem ingerir 800 unidades.
Agora que você já sabe mais sobre vitamina D, que tal continuar lendo e aprender mais sobre teledermatologia?
A alopecia é uma condição que afeta tanto o sexo feminino quanto o masculino e ocorre por influência do hormônio andrógeno e por fatores genéticos.
Apesar de ser mais comum nos homens, ela tende a causar um grande efeito emocional nas mulheres, estando ligada diretamente com a baixa autoestima.
Para compreendê-la melhor, é preciso conhecer o que provoca a queda de cabelo, assim como quando ocorrem as manifestações clínicas.
Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre a alopecia androgenética!
O que é alopecia androgenética?
A alopecia androgenética é caracterizada pela alteração no ciclo evolutivo do cabelo, em que os pelos terminais, espessos e longos, se transformam em pelos velos, mais finos, curtos e menos pigmentados.
Isso acontece, como o nome já sugere, por influência de hormônio andrógeno e por tendência genética.
No sexo masculino, o processo tem influência hormonal, quando há elevação da dihidrotestosterona, derivada da testosterona, que atua no afinamento do pelo.
A testosterona no sangue permanece em nível normal.
Essa queda de cabelo (alopecia) é a mais frequente em ambos os sexos, afetando cerca de 50% dos homens e 6 a 25% das mulheres ao atingir 50 anos.
E isso torna-se ainda mais recorrente após os 70 anos, com elas apresentando mais de 40% dos casos, enquanto eles, 80%.
Essa queixa tem aparecido cada vez mais cedo. Sinais precoces de calvície podem ser vistos em mais de 10% dos adolescentes entre 15 e 17 anos.
Nas síndromes hiperandrogênicas (doenças com excesso de andrógenos) no sexo feminino, como ocorre na síndrome dos ovários policísticos, tumores de ovário ou de glândula adrenal e hiperplasia adrenal, a queda de cabelo pode atingir 80%, mesmo nas jovens.
Apesar de a calvície ser mais frequente nos homens, é uma condição socialmente aceita e, portanto, não gera tanta preocupação nem busca por consulta com o dermatologista, na maioria deles.
O mesmo não acontece com as mulheres, já que a alopecia gera baixa autoestima, ansiedade, depressão e consequente busca pelo atendimento dermatológico.
Em relação à etnia, é menos frequente em indivíduos amarelos e negros do que nos brancos.
O que causa a queda de cabelo?
A doença está relacionada a uma desordem do ciclo evolutivo do cabelo associado à miniaturização dos fios terminais. Ou seja, passam a ser mais finos, mais curtos e mais claros. Estes últimos constituem os pelos velos.
A fase de crescimento (anágena) sofre encurtamento do tempo de vida, que normalmente é de 2 a 6 anos e passa a ser de semanas a meses.
Consequentemente, entram mais precocemente na fase final de telógeno, a qual antecede a expulsão do pelo.
Os fios renascem como pelos velos, o que dá uma aparência de calvície por não dar densidade ao cabelo.
Independentemente da etiologia, a alteração folicular em homens e mulheres parece ser a mesma, havendo uma via comum de miniaturização folicular indistinguível entre os sexos.
Os hormônios estão envolvidos na patogênese da alopecia androgenética.
A testosterona, quando está em nível normal no sangue, se transforma, através da enzima 5 alfa-redutase, a nível do pelo, em di-hidrotestoterona.
Este último, portanto, é único hormônio que está aumentado no pelo, no qual atua diretamente, provocando a transformação do pelo terminal em pelos velos.
Isso explica os níveis normais de testosterona no sangue em homens calvos.
Na mulher ainda não está esclarecida essa relação da queda de cabelo com os níveis de testosterona, pois estando em níveis normais, a denominação de alopecia androgenética feminina não é adequada e pode ser substituída pela alopecia de padrão feminino.
Atualmente, existem argumentos suficientes para considerar as alopecias androgenéticas masculina e feminina como entidades clínicas distintas.
Existe uma clara participação da herança, mais evidente no homem, em que a chance é 5 vezes maior naquele cujo pai seja também portador. Na mulher, a influência genética é menor.
Manifestações clínicas da alopecia
A alopecia androgenética masculina inicia-se, frequentemente, durante a puberdade e manifesta-se com perda de cabelo na parte anterior (entradas), parte média e do vértice.
Progride até a perda de cabelo na parte anterior se encontrar com a posterior. Em alguns predomina na parte anterior, enquanto em outros, no vértice.
A velocidade de progressão é lenta, sendo mais extensa quanto mais cedo for o início. Consiste na gradual substituição de fios mais grossos, longos e escuros por pelos velos.
Na mulher, costuma manifestar-se entre vinte e quarenta anos de idade, agravando-se na menopausa.
É caracterizada por um afinamento difuso dos cabelos, poupando, ao contrário do homem, a linha de implantação do cabelo e apresentando diferentes graus de alopecia.
Há uma substituição progressiva de pelos terminais por pelos velos, porém a perda dos primeiros é mais difusa, incompleta, ao contrário dos homens, nos quais essa perda é mais intensa.
Na fase inicial pode haver queda de cabelo, resultando na redução da densidade capilar na parte central do couro cabeludo. Ocorre afinamento difuso ou em “Árvore de Natal” dos fios, com alargamento do repartido central, poupando a linha de implantação frontal.
Nas ocorrências femininas, é obrigatório a investigação de manifestações de hiperandrogenismo (excesso de hormônio andrógeno), apesar de pouco frequentes, como:
Essas alterações estão associadas a quadros mais exuberantes ou de evolução rápida de alopecia.
Além disso, existe, no sexo feminino, associação com hipertensão arterial, risco aumentado de morte por diabetes ou doença no coração.
No homem, existe também risco aumentado de doenças cardiovasculares, além de câncer de próstata.
O diagnóstico diferencial entre a alopecia de padrão feminino e o eflúvio telógeno nem sempre é fácil, no último, a queda é difusa, ou seja, não se limita à parte frontal e vértice da cabeça, mesmo sendo mais intensa na região temporal.
Geralmente, o início da perda de cabelo é mais intenso, permitindo ao paciente colher grande quantidade de fios para mostrar ao dermatologista, enquanto na alopecia androgenética feminina o processo é contínuo e discreto.
Na alopecia é possível observar a maior densidade capilar na região occipital do que na parte superior da cabeça.
No dermatoscópio, instrumento que permite o exame do cabelo de forma detalhada, podem ser visualizados os pelos velos, que são mais evidentes na região do vértice no homem e frontal na mulher do que a occipital, não afetado pela alopecia em ambos os sexos.
Assim, pode ser comparada a relação entre pelos terminais e pelos velos, fundamental para avaliar a intensidade da queda de cabelo. É de se esperar uma diminuição dessa relação com a progressão do quadro.
Como é o tratamento da alopecia?
O tratamento no homem consiste na associação de minoxidil e finasterida e o transplante de cabelo.
O remédio é aplicado diretamente no couro cabeludo, na concentração de 5%, duas vezes ao dia, durante toda vida, no homem e 1 vez ao dia na mulher.
Pode aumentar a queda de cabelo no início do tratamento por eliminar aqueles pelos já iriam cair independente do tratamento (fase do eflúvio).
Deve ser administrado sempre com cabelo seco para manter a concentração. Não deve lavar o cabelo por até 4 horas após a aplicação para garantir a absorção do medicamento.
Nunca dormir antes de 2 horas após a aplicação, para evitar que a solução atinja o rosto, pois pode nascer cabelo no local.
O início da melhora da queda capilar ocorre a partir de 4 a 8 meses e estabiliza entre 12 e 16 semanas. Portanto, a avaliação em relação à eficácia deve ser feita, em média, após 1 ano.
Os pacientes que têm melhor prognóstico de recuperação são os que têm menos de 10 centímetros de diâmetro de alopecia, menos de 10 anos de evolução e menos de 40 anos.
A finasterida é usada na dose de 1 mg ao dia no homem e evitado na mulher durante a gravidez pelo risco de deformidade genital no bebê do sexo masculino, além de menor efetividade
Existe o risco de 1,5% de impotência sexual, diminuição libido e retardo na ejaculação, porém são efeitos colaterais reversíveis, uma vez suspenso a medicação.
O implante de cabelo, indicado nos casos avançados, oferece tratamento definitivo desde que a queda de cabelo tenha cessado e que tenha área doadora suficiente na região occipital (parte posterior do cabelo).
Os tratamentos mais modernos oferecem excelentes resultados do ponto de vista da quantidade de fios implantados (densidade do cabelo), além da aparência natural indistinguível dos pelos originais.
Antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental visitar um médico especializado na área. A automedicação pode ter sérias consequências para a saúde e trazer efeitos contrários aos desejados.