Eczema asteatósico: saiba mais sobre esse problema de pele comum em idosos

Dr. Sergio Paulo

O eczema asteatósico é um problema que acomete muitos idosos e pertence à classe de doenças que causam inflamação na pele

De forma geral, ele tem como sintoma coceira e sempre está associado à pele seca. Além disso, está relacionado com todas as condições que provocam a diminuição da camada de gordura em uma parte mais superficial da pele.

Como consequência, há o ressecamento da área, o que é comum durante o envelhecimento e em locais ou estações com baixa umidade, seja pelo clima ou pela utilização de aquecedores.

Quer saber mais? Então, continue lendo e tire suas dúvidas sobre o eczema asteatósico.

Incidência do eczema asteatósico

O eczema asteatósico afeta, principalmente, os idosos. Isso ocorre pelo ressecamento da pele que acontece naturalmente nessa faixa etária, principalmente a partir da sexta década de vida.

 É ligeiramente mais frequente nos homens e nos locais com clima frio e seco.

Qual a causa do eczema asteatósico?

A causa do eczema asteatósico não é completamente conhecida, apesar de se sugerir a relação com a diminuição da camada que compõe a parte mais superficial da pele, que ocorre inevitavelmente com o avançar da idade.

A redução dessa gordura gera uma perda de água, de forma invisível, chegando a ser de até 75 vezes. 

Além do envelhecimento, existem outros fatores que geram ressecamento e, consequentemente, o eczema asteatósico, como:

  • doenças internas
  • desnutrição
  • declínio hormonal, especialmente na menopausa
  • clima frio e seco
  • exposição exagerada ao sol
  • uso de substâncias na pele que removem a gordura dela, como limpadores e solventes
  • traumas repetidos,
  • linfomas e outros tipos de câncer
  • medicamentos, como a cimetidina
  • deficiência de zinco
  • mixedema, outra enfermidade da pele

Como o eczema asteatósico se manifesta?

A manifestação do eczema asteatósico ocorre a partir da inflamação da pele seca, o que pode ser visto por meio do aparecimento de linhas avermelhadas, de aspecto cruzado e reticular (em rede), semelhante a um leito de rio seco ou a um vaso rachado (foto 1).


Foto 1: Eczema Asteatósico nas costas, onde se observa eritema (mancha vermelha), com aspecto linear, semelhante a “vaso rachado” 

A estrutura ao redor mantém o aspecto seco e começa a descamar, semelhante a um peixe. Esta condição é conhecida como ictiose (fotos 2a e 2b). 


Foto 2a: Eczema asteatósico nas pernas

Foto 2b: Foto aproximada, onde se observa lesões de aspecto avermelhado a partir da pele seca

As bordas das lesões podem se tornar avermelhadas e evoluir, havendo o aparecimento de secreção líquida, de crostas e de escoriações (arranhões). Nesses casos, o quadro é denominado eczema numular.

Essas lesões do eczema asteatósico aparecem, preferencialmente, em locais do corpo que são mais secos, como:

  • pernas,
  • braços,
  • mãos.

Tratamento do eczema asteatósico

O tratamento do eczema asteatósico envolve diversos procedimentos. O primeiro está relacionada em prevenir o ressecamento da pele a partir das mudanças de hábitos, por exemplo:

Além disso, durante a crise, deve-se ir a um dermatologista e iniciar o tratamento com um creme contendo corticosteróide para controlar a inflamação. A quantidade de aplicações e o tempo de duração devem ser indicados pelo próprio médico.

Após o período recomendado, o corticosteróide pode ser substituído pelos imunomoduladores de uso tópico, o pimecrolimo e o tacrolimo, que também têm poder anti-inflamatório porém  geram menos efeitos colaterais.

Controlado a inflamação, a pele deve ser hidratada com cremes contendo ureia e sabonetes especiais.

A manutenção da hidratação diminui a possibilidade de aparecerem mais lesões devido ao eczema asteatósico.

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