O que causa a estria e como tratá-la?
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Estria é uma forma comum de cicatriz, originada na derme, camada abaixo da primeira camada da pele, a epiderme.
Ela se manifesta por lesão de forma linear, aspecto atrófico e enrugado, com pequenas rugas transversais ao seu maior eixo que desaparecem ao serem puxadas.
Inicialmente, a estria é elevada e tem cor avermelhada ou violácea. Mas, com o passar do tempo, transformam-se no tipo alba, que é branco-nacarada.
Por terem um aspecto inestético, muitas mulheres e homens não se sentem bem por ter essas lesões no corpo.
Continue lendo para saber mais sobre esse problema, entender quais são as suas causas e ver se é possível tratá-lo.
Incidência
A estria é uma cicatriz que pode ocorrer em todo mundo, apesar de ser mais comum nas mulheres durante a gestação.
Nesses casos, 90% das pacientes se queixam desse problema.
Já no sexo masculino, o aparecimento dessa cicatriz é mais rara, mas também pode ocorrer. Cerca de 11% dos homens e 88% das mulheres grávidas relatam o aparecimento de estrias.
Quais são as causas da estria?
A estria é uma cicatriz que pode ocorrer por diversos motivos, havendo vários fatores envolvidos.
Os mais comuns são aqueles que deixam uma pessoa mais propensa a ter essas lesões na pele, o que é chamado de fatores predisponentes.
Entre os principais, que aumentam a probabilidade de alguém ter estrias, podemos citar:
- Predisposição genética
- Obesidade
- Exercício de musculação
- Ganho ou perda súbita de peso
- Tabagismo
- Gravidez
- Crescimento rápido durante a adolescência
Medicamentos
Além desses fatores, existem alguns medicamentos que também aumentam as chances dessas lesões aparecem, como:
- Corticosteróides por via oral ou de uso tópico
- Quimioterapia
- Tratamento para tuberculose
- Neurolépticos
Cirurgias
A realização de alguns procedimentos cirúrgicos também predispõe a estria, como é o caso do implante de silicone nas mamas, o transplante de órgãos, cirurgia cardíaca e qualquer outra que tenha suturas, o que gera tensão nas bordas da ferida.
Durante a gravidez
Como já falado, é muito comum que as mulheres tenham estrias durante a sua gestação.
Dentro desse grupo, há algumas que são mais propensas que as outras. São elas:
- Com histórico familiar de estrias
- Gravidez em idade jovem
- Criança com maior peso ao nascer
- Prolongamento do tempo de gestação
- Ganho de peso
- Presença de estrias na gestação anterior, especialmente nas mamas
- Excesso de líquido amniótico no útero, chamado de polidrâmnio
Doenças
Algumas enfermidades também estão relacionadas com a estria, como:
- Síndrome de Marfan
- Síndrome de Cushing
- Febre tifóide
- Febre reumática
- Doença crônica do fígado
Fatores físicos
Há ainda alguns fatores físicos que estão relacionados com a estria, uma vez que esse problema ocorre quando há o estiramento da pele.
Esse estiramento pode ocorrer pelo aumento da circunferência abdominal durante a gravidez, o aumento rápido de peso, o crescimento repentino em adolescentes e a hipertrofia muscular consequente à musculação.
Vale ressaltar que a predisposição da pele ao surgimento de estrias, submetida à distensão, pode explicar a preferência do surgimento delas em locais específicos.
Fatores hormonais
As grávidas e os portadores da síndrome de Cushing são mais predispostos a desenvolver estrias, decorrente da elevação da relaxina e do cortisol, respectivamente.
Isso é uma consequência da degradação e menor produção do colágeno, assim como de uma maior degradação das fibras elásticas da pele.
Como a estria se manifesta?
Inicialmente, a estria se manifesta com uma lesão linear, edemaciada (inchada) e eritematosa (avermelhada) (foto 1), conhecida como estria rubra.
Esta progride para atrofia, que se manifesta por pele mais fina, deprimida, enrugada e hipocrômica (mais clara), conhecido como estria alba. (Foto 2)
A largura das estrias varia de alguns milímetros até 1 centímetro, sendo especialmente mais largas na síndrome de Cushing.
A evolução da forma eritematosa para a alba ocorre num período de 6 a 10 meses, onde é possível visualizar as duas variedades num mesmo paciente. (Foto 3)
Nas grávidas, surge no segundo e terceiro trimestres da gravidez, havendo uma preferência pelos seios, abdômen e coxas.
À medida que a pele envelhece, a atrofia da estria se acentua, coincidindo com a atrofia natural do envelhecimento.
Existe uma tendência a uma distribuição simétrica, coincidindo com as linhas de tensão da pele das diversas partes do corpo, como o ombro.
É mais frequente no abdômen (foto 4), seios (foto 5), coxas, parte inferior das costas (foto 6), face interna dos braços, quadril, axilas e nádegas.
A aplicação de corticosteroides na pele, especialmente os de alta potência anti-inflamatória, gera estria nas dobras de axilas e virilhas, locais que favorecem maior penetração do medicamento na pele em decorrência da oclusão natural dessas superfícies.
Como tratar a estria?
Não existe comprovação científica da prevenção da formação de estrias, especialmente durante a gravidez, por meio da aplicação de cremes.
O tratamento das lesões que surgem durante a gravidez deve ser realizado após o parto, uma vez que não existe certeza que o medicamento utilizado não compromete o feto.
Em todos os casos, o tratamento visa melhorar a aparência da pele por meio da aproximação da cor e da textura ao da pele normal. Isso quer dizer que não há como apagar totalmente a estria.
Além da aplicação de cremes, também há outras opções que podem tornar as lesões menos aparentes:
- Aplicação de laser
- Uso de derivado da vitamina A
- Microagulhamento isolado ou associado a radiofrequência
- Dermoabrasão superficial
- Fototerapia
- Peelings químicos
- Luz intensa pulsada
- Radiofrequência
- Laser infravermelho
- A nossa maior experiência no tratamento de estria é com o microagulhamento, procedimento com bons resultados estéticos e custo não tão elevado
Apenas um dermatologista poderá avaliar o seu caso para identificar qual é o método de tratamento mais recomendado.
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