Erupção exantemática por medicamentos
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A erupção
exantemática por medicamentos é uma reação cutânea responsável pela grande maioria dos casos de alergia a medicamentos
e, normalmente, está ligada com a ingestão de antibióticos.
A reação na pele por medicamentos afeta apenas 2% da
população, sendo que 95% dos casos causam erupção exantemática.
Manifesta-se com
manchas vermelhas e pode causar coceira.
Continue lendo o
nosso post e saiba mais sobre a erupção exantemática por medicamentos!
O que causa a erupção exantemática por medicamentos?
Existe uma predisposição hereditária para as pessoas desenvolverem a erupção exantemática por medicamentos.
Os mais
frequentemente responsáveis são antibióticos derivados da penicilina, sulfas,
alopurinol, anticonvulsivantes, quinolonas e anti-inflamatórios não hormonais.
Nos portadores de
HIV, a causa principal são as sulfas e o antirretroviral abacavir.
Determinadas doenças
predispõem para o desenvolvimento de reações a medicamentos, como:
- infecções pelo Epstein-Barr, citomegalovírus e vírus herpes 6 e 7
- imunodeficiência congênita e adquirida como a AIDS
- fibrose cística
- doenças autoimunes
Pacientes que
utilizam vários medicamentos simultaneamente estão mais propensos a desenvolver
reação alérgica a medicamentos.
Manifestações clínicas da erupção exantemática por medicamentos
A reação alérgica da pele ocorre de 5 a 14 dias após o início do uso do
medicamento, mas pode se manifestar em 1 a 2 dias se o paciente já tenha sido
sensibilizado pelo uso do medicamento previamente.
Naqueles que usaram
antibióticos, especialmente a amoxicilina, a erupção pode surgir alguns dias e
até 15 dias após a interrupção do medicamento.
Manifestações na pele
A
manifestação da erupção exantemática por medicamentos é simétrica e
generalizada, além de aparecer de maneira súbita.
Tem preferência por
atingir inicialmente o tronco e áreas sujeitas à pressão ou traumatismo, e se
dissemina para a parte proximal dos membros superiores e inferiores, poupando a
palma das mãos e a planta dos pés.
Apresentam dois tipos de manifestações na pele: o morbiliforme e o escarlatiniforme.
O primeiro se manifesta por manchas e pápulas (carocinhos) avermelhadas de pequeno tamanho, e raramente por pústulas (bolhinhas contendo pus) muito parecido com as manifestações cutâneas das doenças relacionadas aos vírus.
O tipo escarlatiniforme apresenta manchas avermelhadas, de maior tamanho, semelhante ao que ocorre na escarlatina.
A extensão do
comprometimento da pele, geralmente, é de gravidade leve a moderada.
A erupção se estende
rapidamente na pele, atinge o comprometimento máximo em cerca de 2 dias após
suspender o medicamento e desaparece entre 5 e 14 dias. Pode restar uma
descamação.
Nos pacientes com
pele escura, mesmo após a cura, pode restar uma pigmentação escura, que
desaparece lentamente.
Também existem outras
manifestações como:
- Prurido (coceira)
- Febre baixa
- Elevação dos eosinófilos no sangue, detectada no hemograma
Erupção exantemática por medicamentos como sinal denunciador
É importante que a
erupção exantemática por medicamentos seja diferenciada da erupção cutânea desencadeada
por vírus ou bactérias.
Raramente, pode ser um sinal denunciador de reação medicamentosa grave, ameaçadora à vida, como:
- Pustulose Exantemática Generalizada Aguda
- Erupção Cutânea por Medicamentos com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos (DRESS)
- Síndrome de Stevens-Johnson
- Necrólise Epidérmica Tóxica
Outras manifestações
que denunciam a evolução para doença grave são a eritrodermia (toda pele avermelhada), febre alta (maior de
38 graus), edema (inchaço) no rosto,
inflamação nas mucosas da boca, dos olhos, do
genital e do ânus.
Tratamento da erupção exantemática por medicamentos
Antes
de iniciar o tratamento, deve ser interrompido
o medicamento responsável.
Além disso,
recomenda-se o uso de anti-histamínicos que provocam sonolência, como a
hidroxizina.
A aplicação na pele de corticosteróide de alta potência
anti-inflamatória, nos casos leves, pode controlar a doença.
Para aqueles com
comprometimento de grande extensão da pele, deve ser administrado
corticosteróide, por via oral, durante 5 a 7 dias.
Vale ressaltar que,
antes de iniciar qualquer tratamento médico, é essencial fazer uma visita
médica ao dermatologista para
analisar os sintomas e verificar quais são os melhores medicamentos para cada
caso.
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