Saiba mais sobre larva migrans, conhecida como bicho geográfico
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A larva migrans é uma doença de pele que também pode ser chamada de dermatite linear serpiginosa, bicho geográfico ou de praia e verme da areia.
Ela se manifesta por um trajeto cutâneo eritematoso (avermelhado), migratório linear ou com contorno sinuoso.
Apesar de ocorrer em todo o mundo, é mais encontrada nos países de clima quente, especialmente nos tropicais e subtropicais, como o sudoeste dos Estados Unidos, Caribe, África, América Central e do Sul, Índia e sudeste da Ásia.
As larvas causadoras da doença são encontradas em praias arenosas.
Continue lendo o nosso post e tire todas as suas dúvidas sobre a larva migrans, conhecida popularmente como bicho geográfico.
Qual a causa da larva migrans?
A transmissão da larva migrans ocorre através do contato com a areia contaminada pelas fezes de gatos e cães.
É facilitada na época de chuvas, já que é disseminada pela dissolução das fezes desses animais, facilitando a eclosão dos ovos e a penetração das larvas na pele dos indivíduos.
O Ancylostoma braziliense é o agente etiológico mais frequente. Em seguida vem:
- Ancylostoma caninum
- Uncinaria
- Bonostomum
- Phebotomum stenocephala
Os ovos são eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo (cão ou gato). Sob condições favoráveis de umidade, calor e sombra, as larvas rabdiformes eclodem dos ovos em 1 a 2 dias.
Tornam-se larvas filariforme que representam a forma infectante, podendo sobreviver 3 a 4 semanas no solo antes de penetrar na pele.
A pessoa pode ser infectada quando as larvas filariformes do solo penetram na parte mais superficial da pele (epiderme) e aí permanecem pelo fato da larva não conter a enzima colagenase, necessária para facilitar a penetração na parte mais profunda da pele (derme).
Mesmo assim, a presença delas induz uma reação inflamatória ao longo da migração na pele.
Manifestações clínicas da larva migrans
As lesões da larva migrans se localizam na pele mais exposta ao solo como pés, pernas e nádegas e, menos no tronco e extremidades superiores.
A primeira manifestação é o surgimento de pápula (carocinho), que pode ser em abundância, proporcional ao contato da pele com solo contaminado com alto número de larvas.
Após alguns dias, a larva começa a se deslocar na pele, gerando uma lesão linear, elevada, eritematosa (avermelhada), serpenteante.
As lesões serpiginosas, ou seja, com contorno sinuoso, se desenvolvem de 2 a 6 dias após a exposição.
As larvas migram vários milímetros ou até alguns centímetros por dia. Por isso, as lesões medem 3 milímetros de largura e podem ter até 15 a 20 milímetros de comprimento.
O prurido (coceira) pode ser tão intenso ao ponto de perturbar o sono.
Quando a reação alérgica ao parasita é maior, gera vesículas e até bolhas, frequentemente localizadas entre os dedos e planta dos pés, manifestação muito menos frequente da doença.
Há ainda a possibilidade da doença sofrer complicações com infecção bacteriana como o impetigo. Nesses casos, o diagnóstico se torna mais difícil por esconder as lesões características da larva migrans.
Tratamento da larva migrans
Ao identificar alguma manifestação da larva migrans, recomenda-se uma consulta com um médico especializado. Apenas ele poderá identificar se há complicações e quais são os melhores tratamentos.
Os casos com poucas lesões e que não atingem pele espessa, como a planta dos pés, devem ser tratados através da aplicação de pomada contendo tiabendazol.
Na situação de lesões em grande número e na planta dos pés, pode-se utilizar o tiabendazol, o albendazol e a ivermectina, por via oral, sendo preferível o último pelo menor risco de efeitos colaterais.
Vale ressaltar que a automedicação é prejudicial para a saúde. Sempre consulte um especialista para fazer um bom tratamento.
Agora que você sabe identificar a larva migrans, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre a teledermatologia.