Ceratose pilar: saiba mais sobre os carocinhos na pele que parecem acne
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A ceratose pilar é uma desordem hereditária muito frequente e que ocorre por um distúrbio no processo de queratinização do pelo (crescimento do mesmo).
Como consequência, há a formação de pápulas (carocinhos) de consistência áspera, relacionadas ao fio, localizadas mais frequentemente nos braços, coxas e rosto.
Continue lendo para saber mais sobre a ceratose pilar, entender porque ela ocorre e se é possível tratá-la.
Como a ceratose pilar aparece?
Existem dois padrões de apresentação. O primeiro, inicia antes de 2 anos. Esse é o mais frequente. O segundo, surge aos 10 anos.
A ceratose pilar afeta entre 2% a 12% das crianças e não há predominância de gênero nem de raça.
O que causa a ceratose pilar?
A ceratose pilar é uma doença relacionada à genética. Embora não seja bem determinado o seu modo de transmissão, existe uma tendência a acreditar que seja autossômico dominante, ou seja, chance de 50% de cada filho herdar a doença.
Não se sabe exatamente o que ocorre para haver a formação dos carocinhos, mas os especialistas acreditam que há uma alteração no processo de queratinização do pelo, envolvendo a substância queratina, associada a mutações da filagrina.
Como é a manifestação da ceratose pilar?
A ceratose pilar pode acometer diversas partes do corpo, como:
- Rosto
- Braços
- Cotovelos
- Joelhos
- Parte proximal das coxas
- Nádegas
- Tronco
Manifesta-se como pápulas e geram uma sensação áspera ao toque, dando a impressão de “pele arrepiada”, frequentemente cercadas de eritema (vermelhidão).
Às vezes, o eritema ao redor do pelo pode ser muito acentuado, especialmente nas bochechas, testa e pescoço. Nesses casos, chamamos queratose pilar rubra.
As pápulas podem se distribuir de forma agrupada ou dispersa. As lesões, normalmente, melhoram gradualmente ao atingir a adolescência. Apesar de haver essa tendência, a condição pode persistir durante a vida adulta.
Nas áreas de atrito, como coxas, nádegas e dorso, pode surgir pústulas (bolhinhas de pus) com aparência de foliculite.
A única queixa dos pacientes é o desconforto pela sensação da pele com textura áspera ao toque, além da aparência antiestética. Normalmente, os sintomas pioram durante o inverno e na gravidez.
A ceratose pilar pode estar associada a outras doenças, como:
- Dermatite atópica
- Ictiose
- Pele seca
- Diabetes mellitus tipo 1
- Obesidade
Tratamento da ceratose pilar
Mesmo havendo uma tendência a diminuir de intensidade e até de desaparecer no início da vida adulta, muitos pacientes desejam realizar o tratamento por motivo estético, para reduzir a aspereza e vermelhidão da pele.
Isso pode ser feito de diversas formas. Para evitar o ressecamento da pele, por exemplo, o banho não deve ser quente e prolongado. Além disso, aconselha-se o uso de sabonetes especiais.
Também recomenda-se a aplicação de creme prescrito por um dermatologista, para reduzir a sensação de aspereza da pele. Nesses casos, o uso deve ser contínuo.
Como segunda opção, para os que não respondem às alternativas anteriores, pode-se utilizar cremes contendo ácido retinóico, devendo ser recomendado por um médico especialista.
Para a vermelhidão, o dermatologista pode recomendar uma pomada com ação anti-inflamatória, para ser utilizada uma ou duas vezes ao dia, por até 2 semanas.
Por fim, como terceira opção, temos a ingestão de retinóides, a aplicação de laser e a microdermoabrasão.
Ao suspeitar dessa condição, procure um especialista para fazer uma avaliação e iniciar o tratamento mais indicado.
Se morar em Recife, conte conosco para isso. Agende uma consulta com um especialista e saiba mais sobre a ceratose pilar.