Vitamina D: essencial para a sua saúde

Dr. Sergio Paulo

A vitamina D atua de diferentes formas no nosso corpo e apresenta muitas funções reguladoras.

Infelizmente, é comum que pessoas tenham deficiência dessa substância, principalmente idosos, acamados ou pacientes de doenças crônicas.

Como consequência disso, o corpo metaboliza menos cálcio, podendo ocasionar fraturas e fraquezas nos ossos.

Continue lendo o nosso post e saiba mais sobre esse tema tão interessante! 

O que é vitamina D e qual sua função?

A vitamina D é um pró-hormônio que, associado ao paratormônio (PTH), atua como importante regulador do metabolismo do cálcio.

A síntese na pele é a principal fonte natural dessa vitamina, especificamente, a vitamina D3, contribuindo com 90% do total adquirido pelo organismo.

Alguns alimentos são fonte de natural dela, como o fígado de peixes gordos como salmão, bacalhau, atum, cavala e sardinha, porém representam apenas 10%.

A vitamina D absorvida, seja pela pele ou por alimentos, é convertida no fígado em 25-hidroxivitamina D (calcidiol), a principal forma encontrada no sangue.

Posteriormente, é transformada no rim em 1,25-di-hidroxivitamina D (calcitriol), a forma ativa dessa vitamina.

Esta última é a responsável pela absorção adequada de cálcio pelo intestino e menor eliminação pelo rim, para, assim, prevenir fraturas ósseas pela boa absorção de cálcio pelos ossos.

Por isso, é muito importante a manutenção da concentração dessa vitamina no sangue para evitar a diminuição da absorção de cálcio.

Quando há deficiência de vitamina D?

A vitamina D e seus metabólitos têm papel clínico significativo devido à sua inter-relação com a homeostase do cálcio e o metabolismo ósseo.

Atualmente, Raquitismo (crianças) e osteomalácia (crianças e adultos) devido à grave deficiência dessa substância são incomuns.

Os idosos confinados em ambientes fechadas podem desenvolver deficiência de vitamina D, uma vez que a produção natural diminui com a idade e os idosos ingerem menor quantidade dela.

Também são mais vulneráveis os que vivem nos países do hemisfério norte, principalmente no inverno, por menor exposição solar.

Além disso, há vulnerabilidade por parte de pessoas de pele escura, obesas, gestantes, lactentes, os que tomam remédios que aceleram o metabolismo dessa vitamina, como:

  • anticonvulsivantes,
  • corticosteroides,
  • antirretrovirais,
  • colestiramina,
  • antifúngicos.

Como já falado, os que se expõem pouco ao sol também pode apresentar essa deficiência, que é comum em idosos acamados, pessoas que usam roupas de proteção ou filtro solar constantemente, e  portadores de osteoporose.

Também existem doenças e condições que geram má absorção intestinal, como:

  • doença celíaca,
  • fibrose cística,
  • doença de Crohn
  • cirurgia bariátrica,
  • insuficiência hepática (fígado) e renal.

O que é considerado deficiência de vitamina D?

A suficiência de vitamina D é estimada pela concentração de 25-hidroxivitamina D no sangue e que deve oscilar de forma ideal entre 20 e 40 ng/ml, porém alguns consideram que não deve ser abaixo de 30 ng/ml em idosos, para minimizar o risco de quedas e fraturas.

Exagero na ingestão, implicando em nível no sangue acima de 50 ng/ml, pode gerar, paradoxalmente, fraturas nos ossos, além do risco potencial de induzir câncer, como os de próstata e pâncreas.

Por isso, deve ser realizado a dosagem dessa vitamina, sob supervisão, periodicamente nas pessoas mais suscetíveis, especialmente os idosos.

É recomendado que haja exposição ao sol no rosto e braços durante 5 a 15 minutos, não devendo ser prolongada pelo risco de indução do câncer de pele.

Apesar de representar menor fonte de absorção, a ingestão de alimentos industrializados ricos em cálcio e vitamina D é recomendado.

Os especialistas prescrevem óleo de fígado de bacalhau na dose de 1 colher de chá, 100 gramas de sardinha enlatada, atum (90 gramas) e salmão (100 gramas).

O filtro solar deve conter fator de proteção solar (FPS) de 15, desde que aplicado de forma homogênea.

São indicados filtros solares com maior fator de proteção para compensar a habitual aplicação incompleta, sendo quantidade ideal de 2 mg por centímetro quadrado de pele. 

Isso reduz a síntese de vitamina D em 98%, porém não provoca deficiência da mesma porque, geralmente, o filtro solar não é aplicado de forma ideal.

Os adultos que não se expõem regularmente ao sol devem ingerir 600 a 800 unidades de vitamina D3 (colecalciferol) diariamente.

As pessoas idosas (acima de 70 anos), especialmente as confinadas em ambientes fechados e outros grupos de risco, devem ingerir 800 unidades.

Agora que você já sabe mais sobre vitamina D, que tal continuar lendo e aprender mais sobre teledermatologia?

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